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Por Professoras do Infantil 4:

No dia 26/05/2025, realizamos com as turmas dos Infantis 4 A, B, C e D um Estudo do Meio no espaço Vila Educa, em Joaquim Egídio, proporcionando às crianças um mergulho sensível no contato com a natureza.


Ali, cada árvore contou uma história, cada nascente sussurrou sua importância, e cada passo foi um convite ao cuidado e à preservação do nosso meio.

Vivenciaram descobertas com olhos atentos e corações abertos.

Conheceram uma roda d’água e compreenderam sua importância para a oxigenação da água e para  geração de energia; observaram árvores e refletiram sobre o papel que elas desempenham no nosso dia a dia; prepararam pães, brincaram em um parque que proporcionou risos e experiências inesquecíveis; trilharam caminhos repletos de aventura; prepararam “bombas” de sementes, lançadas ao solo com a esperança de novas vidas.


Visitaram uma nascente, entenderam como ela se forma, refrescaram o rosto e provaram sua água. Conheceram a horta que abastece a cozinha local, sentiram aromas,texturas e sabores e pintaram-se com urucum, resgatando um pouco da cultura dos povos indígenas.

Cultivaram, juntos, não só conhecimentos, mas também sentimentos: respeito, responsabilidade e pertencimento.

No meio do caminho, surgiu Bento — guardião da mata, cuidador de uma APA (Área de Proteção Ambiental). Com sabedoria simples, olhar brilhante e a convicção de quem defende o ambiente, ele falou sobre o equilíbrio da natureza, a importância da preservação e como ela também sustenta a vida de quem a cuida.

O simbólico se potencializou, e como em toda boa história, houve um conflito: um empresário sonhava em construir um shopping ali, bem no meio da mata, prevendo queimada, derrubada, desvio dos rios, destruição do ecossistema e seu bioma, soterramento de mananciais ….e tudo que implica um empreendimento desse tipo numa área de preservação.

A reação das crianças foi imediata — olhos arregalados, perguntas afiadas, sentimentos transbordando. Indignadas, defenderam a floresta, a nascente, os animais e tudo aquilo que haviam acabado de conhecer e amar.

No final, como toda história que ensina e transforma, veio o alívio: tudo foi resolvido. os argumentos foram considerados, natureza foi respeitada, e as crianças puderam respirar aliviadas, sentindo que suas vozes importam.

Como nos lembra Paulo Freire:
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”

Acreditamos que, ao tocar a natureza com ternura, plantamos também, nos pequenos, o desejo de cuidar do mundo.