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Por Silvia Henrique de Campos

(Nutricionista – CRN3: 2.861)

Quando da inauguração do Serviço de Alimentação em 1996, escrevi em uma edição especial do Informativo que “a Escola Comunitária de Campinas não tem como objetivo impor novos hábitos alimentares às crianças e adolescentes, mas sim poder contribuir com opções nutritivas e variadas, adequadas às diferentes faixas etárias…” 

Dentro disso, sempre se trabalhou com propostas coerentes de modo a não partir para radicalismos, sendo que nos últimos anos implantamos algumas mudanças, como por exemplo, retirada de salgados fritos e de batatas fritas que eram servidos nos intervalos de aulas, preferência na aquisição de sucos naturais e menos industrializados, e também uma política de preços mais atrativa para compra de sucos em comparação aos refrigerantes, mostrando um incremento no consumo dos sucos pelos alunos, e diminuição no consumo dos refrigerantes.

Os sucos disponibilizados para venda são feitos a partir de FRUTAS CONGELADAS, 100% natural. Podem ser acrescidos de beterraba e cenoura. O suco de laranja também é 100% natural, apenas passa por processo de pasteurização para armazenamento sob refrigeração. A água de coco também é 100% natural, sem conservantes. São ótimas opções para hidratação e fontes de vitaminas e minerais.

Estudos comprovam que bebidas açucaradas estão diretamente ligadas aos altos e crescentes índices de obesidade infantil e que levam a diversos problemas de saúde, a uma piora significativa da qualidade de vida e impactam em importantes aspectos psicológicos e sociais críticos para as crianças e adolescentes.

Do ponto de vista da legislação, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, em 8 de agosto, o Projeto de Lei (PL) nº 1.755/2007, que proíbe a venda de refrigerantes em escolas públicas e privadas de educação básica, que engloba ensino infantil, fundamental e médio. A votação seguiu para o Plenário da Câmara dos Deputados, mas acabou não sendo aprovada. Cada município e estado têm autonomia para determinar diretrizes a serem cumpridas quanto à oferta de alimentos e produtos vendidos nas escolas, e Campinas não tem nenhuma diretriz nesse sentido.

Dando continuidade às mudanças que a Escola Comunitária vem implementando nos últimos anos, a partir do dia 21 de março será suspensa a venda de refrigerantes na Cantina.