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Estamos todos vivendo o isolamento social e tentando administrar o novo, as inseguranças, as emoções.
Temos trabalhado com os alunos remotamente e recebido deles muitas mensagens sobre como estão percebendo esse novo tempo.
Selecionamos um texto no qual a aluna  Julia Morel, da 3ª série do EM, reflete de forma amadurecida e consciente sobre a situação. Um texto repleto de sentimentos.

… “É muito diferente essa sensação de estar vivenciando tudo isso. Não só como um ser humano dentro de coletivo como um todo mas principalmente como uma pessoa que está no terceiro ano prestes a encerrar uma fase da vida para começar uma nova. Uma fase totalmente diferente, com pessoas novas, em um lugar novo…

É estranho imaginar que estamos vivendo, aquilo que víamos nos livros de história e pensávamos “nossa isso nunca vai acontecer nas nossas vidas”. E infelizmente aconteceu.

Estamos tendo que aprender através de uma nova ferramenta, virtual, aquilo que estaríamos aprendendo com os professores, que aliás são MUITO especiais, sentados em nossas mesas coloridas.

Apesar de estar com um aperto no peito, penso que essa pandemia com toda certeza veio pra trazer alguma lição, porque aliás, tudo acontece por uma razão, né?

Dar mais valor para a família? Dar mais valor para os amigos? Dar mais valor para os pores do sol? Acabar com o egocentrismo? Pensar mais no coletivo? Se preocupar mais com a saúde? Acredito que tenha vindo por essas razões.

E para nós, alunos da ECC?

Talvez para darmos mais valor para escola? Para os professores? Para o ensino presencial? Para os funcionários? Para o bom dia do Sidney? Para a comida da cantina do Sandrão? Para aquela escada da entrada, que parece infinita às 7h da manhã?

Acredito que o lugar que mais reclamávamos diariamente, é o lugar que mais gostaríamos de estar nesse momento, né?

Venho agradecer profundamente a coordenação da ECC, aos professores e a todos que estão fazendo o possível, para nos proporcionar da melhor maneira possível (apesar de difícil, por ser EAD) os conteúdos, e pelo carinho que os professores têm por nós, de sempre tentar nos acolher e apresentar uma luz no fim do túnel, mesmo parecendo que tudo vai desabar.

Eu, como aluna de terceiro ano, nunca imaginei passar o meu último ano desta forma. Acreditava em um ano “normal”.

Estamos todos no mesmo barco, e temos que nos unir (a distância), pra combater esse vírus, para que logo fiquemos juntos de novo!”

Júlia Antonini Morel