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Por Gabriel Spolaor:

“Brincar é ser quem eu sou e enquanto a gente não estiver dizendo e reforçando esse mantra, a gente não vai estar assumindo que queremos uma sociedade livre, que se expresse livremente. Estaremos acreditando que existe um suposto vazio na infância e que nós adultos, precisamos preencher este vazio, atolando elas com o consumo de objetos, informações, atividades e estímulos […]” (Renata Meirelles)

Na tematização dos Jogos e brincadeiras, as turmas de 6º ano participaram de uma investigação nas aulas de Educação Física. Ao se perguntarem sobre as potencialidades de ação do corpo na Praça da Paz, cada espaço transformou-se em território da imaginação, criatividade e expressão da linguagem corporal. 

As imagens registradas narram os gestos de busca, interação social, experimentação e construção de conhecimentos elaborados na integração dos corpos em movimento com o ambiente brincante.

O que antes era apenas um espaço de passagem, agora no Ensino Fundamental 2, com as propostas das aulas e vivência dos tempos de recreio, torna-se lugar de pertencimento tecido pelos gestos e sentidos do ato de brincar. 

Ao final, nas rodas de conversa, os alunos foram convidados a contar e escutar as experiências e o que haviam descoberto com as investigações. Dentre as várias narrativas sobre as diferentes formas de brincar encontradas e criadas, Sofia do 6º ano A, disse algo bem interessante: “A aula hoje foi diferente! No início, senti que a turma estranhou a proposta… Percebi que eu mesma e os meus colegas não sabíamos bem o que fazer. Ficamos sem saber muito bem o que poderíamos ou não fazer. Mas, com a liberdade e a nossa capacidade de imaginar e brincar, uma brincadeira foi puxando a outra e vimos que cada movimento do corpo criava novas brincadeiras que poderiam ser feitas no individual ou no coletivo, com brinquedos ou com a própria natureza e com todos se divertindo juntos”.